quinta-feira, 31 de julho de 2014

Guardiões na Ópera




O termo Space Opera, a exemplo de vários outros teve sua conotação mudada com o tempo. Surgido inicialmente como termo depreciativo e se sofisticado para categorizar um tipo específico (e muito nobre) de ficção científica: dramas heróicos passados em mundos distantes envolvendo grandes conflitos ou combates em um tom otimista. A odisséia de Flash Gordon no Planeta Mongo, a trajetória da família Skywalker em Guerra nas Estrelas e as viagens da nave estelar Enterprise e sua tripulação ganham agora uma companhia inusitada. O até então desconhecido e desajustado grupo de super-heróis espaciais da Marvel Comics: Os Guardiões da Galáxia.

Houve tempos em que ler uma história em quadrinhos era uma experiência não apenas fascinante, divertida e única: era uma experiência autocontida. Nesta época, surgiram os personagens Thanos, Warlock, Gamora, Rock Racoon, Nova e os Guardiões da Galáxia. É preciso dizer que com a evolução do mercado de quadrinhos e a influência (e concorrência) dos mangás, os quadrinhos ocidentais ganharam histórias confusas, falsamente adultizadas, sem fim, repletas de ganchos e atadas a supersagas de final medíocre.

Se há um mérito que precisa ser dado às adaptações cinematográficas é que quando bem executadas elas “limpam a casa” para que um novo público possa embarcar na sua narrativa compreendendo exatamente do que se trata a trama e quem são os personagens. E é isto que está acontecendo com os Guardiões da Galáxia.

Uma busca interplanetária por meio de planetas exóticos repletos de adversidades e ameaças de grandes proporções. Ronan é um vilão perverso e poderoso sem maiores conflitos psicológicos no que tange a massacrar seus desafetos. Entre estes desafetos estão os protagonistas: Senhor das Estrelas, Petter Quill, um “herói” cheio de defeitos, mas carismático e inteligente; Gamora, uma assassina habilidosa com motivações dúbias; Rocket Racoon um contraventor e caçador de recompensas de temperamento irascível;  Groot, uma forma de vida vegetal com um perspectiva diferente de todos... e Drax, também chamado de Destruidor - a vingança, o ódio e a fúria materializados num personagem curiosamente cativante.

E a reboque de uma incrível aventura a produção explora, expande e apresenta ao público o universo espacial já conhecido pelos leitores dos quadrinhos. Referências diretas e pequenas citações ocultas fazem parte desta construção, mostrada de uma maneira convincente e cativante. Pronta para conquistar fãs de quadrinhos e leigos da mesma forma. Com isto o Universo Espacial dos filmes Marvel se mostra sólido o suficiente e se torna um ambiente propenso a ser visitado várias e várias vezes.




Fita cassete do Petter Quill mp3 pra download: vai!

4 comentários:

  1. Acredito que foi uma sacada genial trazer o cenário espacial do Universo Marvel para o cinema. Existem conceitos que são inesgotáveis nesse aspecto, mas que precisam ser bem trabalhados, senão nem vale a pena. A Tropa Nova, os Celestiais, Adam Warlock, o Colecionador, os Kree, os Shiars, os Skrulls sem falar do povo de Titan, são coisas que não deixam nada a dever a Kubrick, Lucas, Glen A. Larson, Roddenberry, Adams, ou J.M. Strakvinsk, e ainda podem render mais uns 4 bons filmes. Material não falta, né?

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    1. Pode crer, Marc. Uma história bem trabalhada gera muitos frutos sejam produtos colecionaveis,material editorial ou novas histórias e novas produções. Esse filme abriu com chave de ouro o universo espacial da Marvel, inclusive com possibilidades do estúdio investir em produções não necessariamente conectadas a seus quadrinhos... E obrigado pelo comentário :)

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  2. Essa fita ai que vc disponibilizou não vai enrolar no meu tapedeck não?
    hahahahaha
    Otima Matéria!

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  3. Se enrolar você retira do aparelho com cuidado e rebobina usando uma Bic :) Hahaha! Valeu a visita e o comentário, Jacko !

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